os sonos sem sonhos consomem meus dias.

primavera,

minha primavera.

A alma se dobra ao medo, mas também se recupera,

- não ao passado corroendo o futuro

eu, levemente inquieta

tudo que eu precisava agora era mergulhar em teus olhos que de tão puxadinhos se escondem na alegria do teu sorrir;
e sentir o-poder-de-arranhação-da-barba;
e diria mais 5.0000 palavras do que eu precisava e tu estaria em todas elas, mas prefiro calar .
um dia o vento leva e tu ouve.
ou, antes disso, tu advinha e sente...

qualquer coisa,

- berro pelo aterro, pelo desterro;

- deixe de manha ! deixe de manha,pois.

- meça!

- tamanha?





esse papo meu já tá de manhã.

e eu não me vejo como motivo pra poesias.
ele nunca disse isso

será que um dia eu consigo fugir , correndo por cima dos meus?
uma morte rápida, tangendo esse nervos moles que atormentam o meu cochilar
eu vou gritar e engolir meus sapos no jantar.

e junho veio para plantar a semente de toda poesia de julho

1. noites melhores pra mim.

sobre sucos

e a vida dela foi escrever coisinhas bonitinhas e que cheiravam bem
e esperou atos, palavras
esperou o telefone que nunca tocou
a imagem que nunca veio
a música que insistia em não soar


{até acordar um dia, e simplismente não esperar nada}




com o coração seco, tomou seu melhor suco de laranja de toda vida.

por um dia a mais.

meu peito explode em verde e o ar que sopra é, por vezes, desafinado
músicas soando sem parar e os pés que descalços dançam uma valsa azul
seus sábados são o lilás das minhas manhãs

03 de maio

madrugada
pernas enroscadas num entrelaço maior que o mundo
ali brincávamos de estar


{noite, e ele começou a brincar de viver}

eu me sinto desmanchando.
minhas unhas devem cair em três dias,no máximo.
meus olhos já caíram e meus dedos sentem a falta da tua língua.

perdida em meus pensamentos.

palavras presas; reverberação no esôfago.

tá tudo apertado, tá tudo quadrado.

primeiro post do ano= novo

adoro o cheiro fértil daquilo que não se sabe o caminho
sinto minhas pernas livres
percebo a vantagem de dedircar-me ao nada

(nada? nada não, tudo)


então é isso,
umanoequatromeses depois: fim.